Era a noite especial de dois
anos de namoro. Ela tinha gasto uma quantidade considerável de dinheiro num
conjunto de lingerie de renda preta com detalhes bordados em vermelho. Uma
coisa meio puxada pro burlesco. Sua intenção era de que, no final da noite, quando voltassem da balada pra casa, fazer-lhe uma surpresa. Iam comemorar. Seria uma noite
memorável.
Na fila pra entrar na casa noturna os
dois encontraram por acaso uma antiga amiga dele dos tempos de escola e
começaram a conversar.
Podia ser paranoia, podia ser ciúmes
infundados mas ela teve a nítida sensação de que a garota estava flertando com
seu namorado e ele com ela. Sutilmente, mas estava.
Então ela fez aquelas coisas que costuma-se
normalmente fazer (quase que instintivamente): enlaçou-lhe o pescoço com os braços,
beijou-lhe de leve as têmporas, introduziu na conversa assuntos e piadas
herméticas que só o casal sabia do que se tratava, mas nada surtiu muito
efeito.
Quando finalmente entraram na festa um
rapaz meio feio, desengonçado mas estiloso encarou-a sem que seu namorado
notasse. Primeiro ela evitou o olhar. Depois olhou de volta.
Lá pela segunda ou terceira cerveja a amiga
da fila tornou a aparecer oferecendo pro dois um teco. A namorada não queria e
não queria que seu namorado quisesse. Mas ele quis.
Isso fê-la sentir-se extremamente ultraja.
Depois de dois anos, sabia muito bem que quando ele cheirava, brochava
fatalmente.
Enquanto o namorado foi no banheiro mandar o teco,
o rapaz feioso tornou a aparecer com seu manjadíssimo olhar lascivo. Ela
correspondeu plenamente.
Mais tarde enquanto fumava sozinha lá fora,
o rapaz abordou-a e trocaram meia-dúzia de palavras.
Já quase no final da festa - o namorado
mastigando a própria língua e tropeçando nos próprios tornozelos e nos
tornozelos de metade da pista de dança - sem que ele pudesse perceber ela deu
meia-volta, deixou-se ocultar pela multidão, agarrou pelo braço o feioso que passava por
ali e puxou-o rapidamente até o banheiro sem que o segurança visse. Uma vez lá dentro, beijou-lhe a boca com um pouco de asco mas enfiou-lhe a língua até quase as
amigdalas. O feioso, eufórico, encheu a mão em seus peitos por cima do vestido
e ela abriu-lhe o zíper da calça sacando o pau absurdamente duro pra fora,
num golpe só.
Mais cheia de raiva do que de desejo,
empurrou o garoto até a parede oposta e, com a mão esquerda em seu tórax,
abaixou-se e engoliu sua pica enquanto massageava-lhe o saco. O feio era
cheiroso e a raiva deu lugar ao desejo. Só um pouco, mas deu. Chupou o rapaz
euforicamente, botando em prática tudo o que tinha ensaiado mentalmente ao
longo da semana, enquanto preparava a surpresa pro namorado. Tinha visto uns
filmes na internet tentando aprender uns truques novos e usou-os todos. Sorvia daquele cacete com ânimo e com pressa comprimindo-lhe com uma das mãos, trazendo-a pra cima e pra baixo em sincronia com os lábios. Lambia-lhe do saco até a cabeça e tornava a engolir. O
feioso desengonçado gemia como quem soluça e agarrou-lhe a cabeça com as duas
mãos empurrando seu pau mais profundamente na boca da menina. Ela não gostou
daquilo. Na verdade ficou tentada a cessar, mas continuou. Deixou que ele
fizesse o que quisesse, pelo tempo que lhe aprouvesse. Não foi muito.
Logo o rapaz levantou-a pelos braços de forma surpreendentemente carinhosa, sentou-a sobre a pia arrancando-lhe a calcinha de renda
preta e deitou-lhe a boca entre as pernas. Ele passeou lentamente a língua molhada de
saliva em torno de seu clitóris e ao longo da fenda, mordiscou-lhe a parte
inferior do monte de vênus e enfiou a língua toda dentro de sua boceta trazendo
pra fora o suco viscoso e bebendo dela como se fosse um cantil, sugando
delicadamente suas carnes. Seus grandes lábios roçavam nos
dentes dele fazendo cócegas e quando ela sentiu que estava bem molhada, desceu
da pia e pôs-se de costas pro rapaz, toda voluptuosa, o vestido erguido até a cintura, as mãos apoiadas no tanque de descarga da
privada, oferecendo-lhe o rabo.
O rapaz ignorou o cu e foi pra dentro da boceta. Penetrou-a forte, duro, muito duro.
Ele não tinha o maior dos paus e – a bem da verdade – era até menor do que o de
seu namorado, mas ela podia senti-lo todo lá dentro, abrindo-a, cavando a
entrada com força e um ritmo que fê-la ficar zonza por alguns instantes.
Só por
alguns instantes porque o feioso gozou rápido. E gozou muito. Ela sentia os jatos que o rapaz lhe depositava lá no fundo e ouviu seu
gemido mesclado à música alta.
Ela tirou-o de dentro, abaixou o vestido,
vestiu a calcinha e saiu rapidamente do banheiro.
Lá fora o namorado já a procurava
apreensivo. Justificou-se dizendo que tinha passado mal e pediu pra que fossem pra casa, fazendo gênero de coitadinha.
Foram.
Começaram a se agarrar já no
elevador. Entraram em casa trôpegos, aos beijos, o gosto amargo de padê na
língua dele, despiram-se na sala e caíram na cama, ele por cima, cheio de
fogo, cheio de pó e completamente desajeitado. Enquanto ele a beijava no
pescoço ela massageava-lhe o pau que, como era esperado, não reagiu minimamente.
Então ela pediu docemente que ele a
chupasse. Como já sabia que não tinha a menor condição de comê-la, o namorado assentiu
prontamente e meteu-se no meio de suas pernas, chupando-a com o maior dos
empenhos, ciente de que teria de compensa-la pela falência do pau.
Ele bebeu. Bebeu dela com todo o fôlego e devoção
que tinha.
Deitada, satisfeita, e sentindo-se vingada ela deixou que lhe
chupasse sabendo que o que ele bebia não era sua excitação, mas o gozo que o
rapaz feio e estiloso tinha deixado ali.
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